segunda-feira, 13 de agosto de 2012

ExpoGenética 2012


A poucos dias do início da ExpoGenética, que será realizada entre os dias 18 e 26 de agosto, os preparativos para a exposição já começam a entrar na reta final no Parque Fernando Costa, em Uberaba/MG. Além de mostra de animais provados, leilões e palestras técnicas, a 5ª ExpoGenética marca o momento de divulgação dos novos sumários de touros dos principais programas de melhoramento genético do país, entre eles o do PMGZ, Geneplus, ANCP, PAINT e IZ.
 A grande novidade, no entanto, será o lançamento do 1º Sumário Brasileiro Unificadode Touros Nelore. O compromisso de desenvolver o Sumário Unificado foi firmado em maio de 2010 entre a ABCZ, a ANCP (Associação Nacional de Criadores e Pesquisadores) e a EMBRAPA (Centro Nacional de Gado de Corte). A raça nelore foi escolhida para esta fase inicial por três razões fundamentais: por ser a raça com maior volume de dados em comum nos três programas; por ser a que apresenta, no conjunto, a maior população; e por ser a que apresenta, no mercado, a existência de diferentes programas e resultados de avaliações. “É relevante destacar que nesta primeira fase - embora esteja envolvido no processo - a EMBRAPA, não teve sua base de dados incluída apenas por questões operacionais. Seguramente, na próxima edição, as três bases de dados deverão estar consolidadas. Este sumário foi produzido a partir da junção das bases de dados da ABCZ e da Associação Nacional de Criadores e Pesquisadores, o que representa um aumento do universo de animais avaliados. Além disso, reforça as avaliações, aumentando a precisão das estimativas genéticas e contribui para evitar a existência de diferentes DEPs para um mesmo animal em determinada característica”, explica Luiz Antonio Josahkian, superintendente Técnico da ABCZ.
O grande diferencial deste sumário será ainda a participação apenas de touros com alta acurácia, ou seja, touros que têm avaliaçãomais precisa, o que aumenta a confiança no resultado e reduz as dificuldades do criador em analisar várias fontes de informação. Os touros serão apresentados por ordem alfabética com as DEPs comuns aos três programas: peso aos 120 dias de idade (direto, materno e materno total), peso aos 210 dias de idade (direto, materno e materno total), peso aos 450 dias de idade, perímetro escrotal aos 450 dias de idade e idade ao primeiro parto. “Apesar do Sumário Unificado, é importante ressaltar que cada programa continua atuando independentemente e terão preservadas as suas características próprias, bem como os interesses seletivos dos diferentes criadores vinculados a cada um dos programas. A visão coletiva das três entidades envolvidas é o compromisso com o desenvolvimento de processos que visam melhorar a qualidade de informações e uniformização dos sistemas de colheitas de dados, que demandam longas negociações e uma dose extra de altruísmo de todos, sempre pensando no bem geral da pecuária nacional”, finaliza Josahkian.

*Texto retirado na integra do blog do evento   http://expogenetica.blogspot.com.br/.
Regulamento do evento
aqui.

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Entrevista Sobre a Segunda Geração de Soja Transgênica no Brasil




A entrevista do programa agribusiness com o vice- presidente comercial da Monsanto Rodrigo Santos trata inicialmente do lançamento da segunda geração de soja transgênica, a variedade “INTACTA PRO RR2”, que têm como principal diferença o fato de aliar a resistência herbicida Roundap juntamente com a proteção (tolerância) contra as principais lagartas que atacam a  cultura (Lagarta-da-soja, Lagarta-da-maçã, Falsa-Medideira e Broca-das-axilas), sendo desenvolvida especificamente para o mercado brasileiro.
A entrevista aborda outros pontos interessantes, como  a logística de mercado por traz do lançamento de uma nova variedade, as perspectivas sobre novas variedades de milho e os investimentos na pesquisa de desenvolvimento de variedades de cana-de-açúcar.Veja também o vídeo de divulgação sobre a variedade INTACTA PRO RR2 TM.
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quarta-feira, 1 de agosto de 2012

A Génetica por trás do Milho Enlatado


Foto: Agricultural Marketing Resource Center

O milho enlatado que conhecemos não é simplesmente um milho qualquer que passa por um processamento para o consumo humano. O milho enlatado é denominado no cenário agrícola de milho doce.
A diferença básica entre o milho doce e o convencional é basicamente uma mutação que confere ao milho um maior acúmulo de açúcares em seu endosperma devido ao bloqueio da rota metabólica que converte os açúcares em amido, conferindo o sabor doce característico. A mutação (natural) que confere essa característica ao milho não passou despercebida pelas tribos da América, que passaram a utiliza-lo como alimento cerca de 7.000 a 10.000 anos atrás.
Cerca de oito genes mutantes que afetam a biossíntese de carboidrato do endosperma são conhecidos, sendo os principais: Shunken-2 (sh-2), localizado no cromossomo  3; brittle (bt), no cromossomo 5; sugary enhancer (se), sugary (su) e brittle-2 (bt-2), todos do cromossomo 4; dull (du), no cromossomo 10, waxy (wx), no cromossomo 9; e amilose extender (ae), no cromossomo 5. Os genes podem atuar isoladamente ou em combinações duplas ou triplas.
 O milho doce deve possuir ao menos um dois oito genes citados anteriormente, sendo o caráter “doçura” recessivo, os genes diferenciam-se na proporção de açúcar/amido acumulada no endosperma. Em relação à doçura, os grãos de milho são classificados em quatro tipos distintos:
  1. Grãos padrão: contém 6% de sacarose e tem o gene “su-1” que é o responsável por transformar o açúcar em amido. Quando se realiza o cultivo de milho desta classe, ele necessita de ser colhido no tempo mais apropriado e consumido imediatamente.
  2. Grãos de açúcar reforçado: contém o gene “se” que é o responsável pelo aumento do teor de açúcar no milho doce. Esta classe faz com que o açúcar demore mais tempo a transformar-se em amido. Se armazenar este tipo no frigorífico, pode manter a sua doçura durante um período de dois a quatro dias.
  3. Grãos súper doce: esta variedade, como o próprio nome indica, é a mais doce delas todas. Tem o gene “sh-2” que aumenta os níveis de sacarose do grão de milho em duas ou três vezes mais do que o tipo padrão. O resultado é a manutenção da sua doçura durante mais tempo, fazendo com que esta variedade seja a ideal para exportar.
  4. Grãos sinérgicos: é uma classe relativamente nova que se distingue por combinar todos os genes (su-1, se, sh-2). Feito de tal forma  que uma única espiga pode conter uma variedade de grãos e sabores diferentes.


Os procedimentos de processamento do milho doce podem ser vistos no vídeo abaixo.


Fontes:
www.omeujardim.com
www.cnph.embrapa.br  
KWIATKOWSKI, A.; CLEMENTE, E. Caracteristicas do milho doce (Zea mays L.) para industrialização. Revista Brasileira de Tecnologia Agroindustrial. v. 01, n.02: p. 93-103.