quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Animais Albinos


Animais que são brancos em vez de sua cor normal podem rapidamente captar a nossa atenção e atiçar a imaginação. Os albinos são raros, mas bastante comuns que quase todo mundo já viu um, ou conhece alguém que tem.

Albinos têm as mesmas características de outros membros da sua espécie, exceto que as suas células são incapazes de produzir melanina, um pigmento escuro que resulta em coloração normal na pele, olhos ou cabelo. A falta de melanina nos animais geralmente em partes brancas, ou de terem o olho rosado.
Os animais podem ser albinos puros ou parciais. Albinos puros têm geralmente os olhos cor de rosa e pele branca. Eles são rosa, porque, sem coloração, os vasos sanguíneos aparacem completamente. Albinos parciais têm um pouco da coloração típica de sua espécie, mas partes de seu corpo parecem branca.

Ser branco não faz um animal albino.
  Animais com leucismo (anomalia genética recessiva) tem a pele  e o  cabelo brancos, mas possuem alguma pigmentação escura nos olhos e unhas. Os animais com leucismo  não são tão raros como verdadeiros animais albinos,  muitos  destes são exibidos em zoológicos(leão foto)  e muitos sites publicam fotos destes animais  dizendo que são albinos.

Uma característica hereditária.
O albinismo é transmitido geneticamente de pais para filhos. Cada célula contém numerosos pares de genes, um de cada pai. Estes genes transmitem características através das gerações. Um albino e resultado  de uma combinação específica de genes.
Albinos são pouco frequentes, porque os genes para que o traço são recessivos, enquanto que os genes para pigmentação normal são dominantes. Se ambos estiverem presentes, a pigmentação normal ocorre. Se apenas genes recessivos ocorre o albinismo. Apenas uma pequena percentagem de animais são portadores do gene recessivo, então a chance de ocorrem um  par de genes recessivos em um animal é pequena.
Nos seres humanos, por exemplo, cerca de uma a cada 70 pessoas carregam um gene recessivo para albinismo, e cerca de um  a cada  20.000 são albinos .
Pelo menos 300 espécies de animais na América do Norte têm  indivíduos albinos. Em Missouri, as pessoas fotografaram ou testemunharam albinismo em tartarugas, peixe-gato, salamandras, veados, sapos, cobras, passarinhos e guaxinins.
O grau de albinismo varia entre os grupos de animais. Alguns pesquisadores que trabalham com mamíferos estimam que albinos verdadeiros ocorrem em cerca de um em cada 10.000 nascimentos. No entanto, alguns pesquisadores que trabalham com aves descobriram que o albinismo ocorre em 17 a cada 30.000 indivíduos, ou de uma a cada 1.764 aves.
O acasalamento ao acaso geralmente diminui a chance de filhos albinos. A endogamia entre pequenas populações isoladas, ou entre indivíduos estreitamente relacionados, pode aumentar as chances de albinismo. Mesmo entre os seres humanos, as taxas de albinismo variar com a localização geográfica.

Desvantagens do albinismo em animais.
Na falta de coloração protetora, os animais albinos são mais propensos a serem vistos por predadores .
Embora pareça lógico que albinos teriam uma desvantagem de sobrevivência, alguns estudos sugerem que animais albinos podem não ser tão evidente para outros predadores como eles são para nós.
Pigmentos escuros como a melanina também ajudam a proteger a pele e os olhos da exposição excessiva à luz solar. Muitos animais albinos enfrentam um maior risco de melanomas e danos na retina. No caso de algumas espécies de répteis albinos que relaxam sob o sol para se aquecer pode não ser tão relaxante pode causar uma morte mais precoce.


 Fonte: 
www.mdc.mo.gov

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

6th International Crop Science Congress - Bento Golçalves - Rs - Brazil


O cenário da agricultura está crescendo em muitos lugares, porém nada pode ser comparado com o crescimento da agricultura brasileira na última década. O futuro da humanidade depende dos esforços de cientistas e este será o local ideal para as discussão relativas ao melhoramento genético, manejo e sustentabilidade das principais culturas. 




segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Entrevista com Arnel Hallauer.

                                   


Professor aposentado de Iowa State University e membro da National Academy of Science dos EUA, o Dr. Arnel Hallauer ministrou a conferência de abertura do 6º Congresso Brasileiro de Melhoramento de Plantas, dia 08/08/2011, no Hotel Atlântico, em Búzios (RJ).
Referência internacional na área de melhoramento de plantas, Hallauer é autor, entre outras obras, do livro ‘Quantitative Genetics In Maize Breeding’, em coautoria com o professor José Branco de Miranda Filho, da Universidade Federal de Santa Catarina.
Depois de falar a uma atenta plateia sobre a história e a importância do melhoramento de plantas, Dr. Hallauer concedeu esta pequena entrevista à Assessoria de Comunicação da UENF, com o auxílio da professora Telma Nair Santana Pereira:
Ascom/Uenf: O que o senhor, que é uma autoridade mundial no tema, diria aos estudantes que se preparam para a carreira de melhoristas de plantas?
Hallauer: Temos que encorajar as pessoas, estimular estes jovens. Para atuar como melhorista, já não basta conhecimento nas técnicas clássicas, mas é preciso associá-las às novas técnicas da biotecnologia; o treinamento formal clássico tem que ser associado às novas técnicas. O perfil do profissional de hoje é diferente do de antigamente.
Ascom/Uenf: Os impactos das mudanças climáticas sobre a produção agrícola já ocorrem ou ainda são cenários prováveis?
Hallauer: As informações sugerem que essas mudanças climáticas realmente vão ocorrer, mas é difícil fazer previsões no que se refere aos impactos sobre a produção agrícola. As mudanças caminham muito na direção da irregularidade dos parâmetros climáticos. Isto dificulta o trabalho do melhorista, que consiste em um processo longo, desenvolvido ano após ano, em diferentes ambientes (ora mais localizados, ora mais amplos), onde os materiais são testados. À medida que as mudanças ocorram, vai ter que haver ajustes. Mas realmente é um processo longo.
Ascom/Uenf: O senhor já tinha vindo antes ao Brasil?
Hallauer: Sim, esta é a quarta vez que venho ao país. Já estive em Recife alguns anos atrás, depois em Piracicaba e também numa grande cidade costeira… não lembro bem o nome…
Ascom/Uenf: Salvador?
Hallauer: Talvez. Já tive alunos aqui no Brasil, alguns muito bons, e tenho um livro publicado aqui em coautoria com o professor Branco Miranda.
Ascom/Uenf: Na sua visão, a disseminação da cultura da cana-de-açúcar para fins energéticos é um problema (para a produção de alimentos e para a preservação de ecossistemas remanescentes) ou uma solução?
Hallauer: Isso depende da forma como o processo é conduzido, mas a cana é uma alternativa que tem menos impacto maléfico ao ambiente, portanto uma alternativa interessante apontada pelo Brasil, que desenvolveu a tecnologia para a produção do etanol. Nos EUA se usa o milho, que não é tão competitivo. Na verdade, não sei por que a tecnologia brasileira não se expandiu para outros países tropicais.
Ascom/Uenf: O que se pode esperar para a área de melhoramento de plantas num futuro de médio prazo, digamos, uns 20 anos?
Hallauer: O melhoramento é uma área em que os ganhos demoram muitos anos para acontecer. Não é como um artefato tecnológico que surge rapidamente. Em nossa área, os trabalhos levam às vezes 15, 20, 30 anos. Um exemplo é o professor Federizzi, que recebeu um prêmio durante o Congresso: ele levou uns 20 anos para desenvolver as suas variedades. É um processo lento, que o público geralmente não vê, mas importantíssimo para todos. Mesmo com os avanços da biologia molecular, o desenvolvimento de uma variedade é algo que demanda tempo e muita persistência.
Fonte:
www.sbmp.org.br