quarta-feira, 26 de março de 2014

O Homem que Salvou Um Bilhão de Vidas e a Biotecnologia




Antes de falar propriamente deste vídeo,  fica a homenagem ao grande Homem que foi Norman Borlaug que estaria completando 100 anos ontem (25/03/14). Norman Borlaug foi “Pai” da revolução verde (melhorista de plantas com “M” maiúsculo). Este vídeo falará um pouco sobre a vida dele (já escrevi um post aqui em 2012 ).
É raro assistir um vídeo na internet que mostre os benefícios da biotecnologia, especialmente quando se trata dos organismos geneticamente modificados.
Este vídeo é parte do episódio da serie americana Penn& Teller:Bullshit, que aborda os mais diversos assuntos de maneira bem  humorada. Todas as temporadas podem ser assistidas gratuitamente (em inglês) no youtube clicando aqui. Confesso que fiquei relutante em postar este vídeo aqui no blog, pois os apresentadores são bem extremistas (de maneira bem humorada! kkk). Entretanto, quando pesquiso assuntos relacionados com este tema para o blog, sempre me deparo com várias imagens. 

Seguindo essa linha de raciocínio, percebi que às vezes é necessário ser extremista quando o objetivo final é promover a informação correta, ou melhor, evidencias científicas.
Logicamente, cada um tem o direito a escolher o que come. Não sendo correto colocar sua desavença política ou nas grandes empresas,  e transformar isso em informações falsas. Ora bolas!  Onde não existe monopólio?

A solução para que este tipo de tecnologia possa atender a quem realmente necessita é o incentivo em instituições de pesquisa públicas e a desmistificação sobre os efeitos dos OGM na saúde humana. 

terça-feira, 11 de março de 2014

Os Cromossomos Sexuais e o Porquê do Nome “Cromossomo X”


Essa é uma pergunta interessante: -  Porque o nome cromossomo X?

Se sua resposta foi devido ao seu formato ... meu caro você está mais perdido que Adão no dia das mães.

Observe a figura abaixo como era complicado distinguir o cromossomo X dos demais.
Por volta de 1880, os cientistas estabeleceram métodos para coloração dos cromossomos para que pudessem ser "facilmente" visualizados através de um simples microscópio de luz. Com este método de coloração foi possível observar a divisão celular e identificar os processos que ocorriam durante  mitose e meiose.
A primeira indicação de que cromossomos sexuais são distintos dos outros cromossomos (autossomais) veio de experimentos conduzidos pelo biólogo alemão Hermann Henking em 1891. Ele fazia observações nas células germinativas do inseto sugador Pyrrhocoris (inseto vermelho no centro da foto da postagem) e notou que algumas vespas tinham 12 cromossomos, enquanto outras tinham apenas 11. 
Outro fato interessante é que na anáfase da segunda divisão meiótica houve um pequeno "elemento cromatina", que, ao contrário dos outros cromossomos, não tinha um semelhante (homólogo). Assim, ele nomeou o cromossomo de "elemento X" para representar sua natureza desconhecida. Curiosamente, quando Henking usou o microscópio de luz para estudar a formação de gametas em gafanhotos femininos, ele não foi capaz de detectar o elemento X. 
Com base em suas observações, Henking elaborou a  hipótese de que este cromossomo extra, o elemento X, desempenhava algum papel na determinação do sexo dos insetos. No entanto, ele não foi capaz de comprovar qualquer evidência direta para apoiar a sua hipótese.
Mais de uma década após o trabalho de Henking, Nettie Stevens examinou várias espécies de besouros e verificou os padrões de herança de seus cromossomos. Em 1905, enquanto estudava os gametas do Tenebrio molitor (mais conhecido como besouro da farinha e está a esquerda da foto da postagem), Stevens observou um par de cromossomos de aparência incomum que se dividiu para formar células de espermatozóides nos besouros machos. Com base em suas comparações de aparência cromossomal em células de besouros machos e fêmeas, Stevens propôs que esses cromossomos “acessórios” estavam relacionados com a herança de sexo.
Ao longo do tempo, outros cientistas estudaram o aparecimento de cromossomas numa ampla variedade de espécies animais, e tornou-se claro que existia uma relação entre a aparência física e o número de cromossomos nos gametas e nas células somáticas de machos e fêmeas de uma dada espécie.
Em todos os mamíferos placentários, machos produzem gametas X e Y, e as fêmeas produzem apenas gametas X. Neste sistema, conhecido como o sistema de XX-XY, o sexo do macho é determinada pelas células do espermatozóides que transportam o cromossomo Y (todos os sistemas discutidos aqui podem ser observados no quadro abaixo).


Em  outros seres vivos a determinação do sexo pode ser muito diferente, por exemplo, no sistema de XX-XO encontrado em grilos, gafanhotos, e alguns outros insetos, as células de esperma que não possuem um cromossomo X (referido como O) determina macho. Aqui, as fêmeas carregam dois cromossomos X (XX) e só produzem gametas com cromossomos X. Os Machos , por outro lado, levam apenas um cromossomo X (XO) e produzem alguns gametas com cromossomos X e outros gametas sem cromossomos (O).
Outro o sistema de determinação do sexo ZZ-ZW usado em pássaros, cobras e alguns insetos depende de fêmeas para levar o par de cromossomos sexuais diferentes (ZW) e dos machos para o par idêntico (ZZ). Vale salientar que os sistemas XX-XY, XX-XO e ZZ-ZW são apenas uma amostra da grande variedade de sistemas de determinação do sexo que os cientistas têm documentado.


Fontes:
www.encyclopedia.com
www.nature.com