Foto: www.vhiver.org.br
Segundo Relatos médicos, dois pacientes com HIV após passarem por um transplante de células-tronco para o tratamento contra um câncer, agora têm nenhum traço do vírus em seu organismo.
No entanto, os médicos alertaram que ainda é muito
cedo para dizer que os pacientes foram definitivamente curados, pois eles
tiveram o coquetel contra o vírus suspenso por apenas sete e quinze semanas respectivamente.
A pesquisa foi liderada pelo Dr. Timothy Henrich, da
Faculdade de Medicina de Harvard e do Hospital Brigham and Women, em Boston. Os
resultados da pesquisa foram relatados na Conferência Internacional sobre a AIDS.Segundo Henrich - "Eles estão indo
muito bem ... Eu realmente não quero usar a palavra cura nesta situação...Embora
estes resultados sejam emocionantes, eles não indicam ainda que os homens que
foram curados. ...Só o tempo dirá.... Mas o que eu posso dizer é que, se esses
pacientes são capazes de ficar sem HIV detectável por pelo menos um ano, talvez
um ano e meio, depois de parar o tratamento, as chances do vírus voltar são muito
pequenas"
Os dois pacientes tinham sido diagnosticados como HIV
positivo e estavam tomando medicação anti-retroviral para a sua condição. No
entanto, cada um deles desenvolveu o linfoma de Hodgkin e por isso foram
submetidos à quimioterapia, bem como os transplantes de células-tronco enquanto
continuavam a receber os seus medicamentos anti-retrovirais. O Los Angeles
Times informou que os homens receberam o transplante em épocas diferentes, um há
quatro anos e meio atrás, e os outros, quase três anos atrás. Depois de serem
submetidos ao transplante de células-tronco, o vírus agora é indetectável.
No entanto, a Associated Press relatou que é
necessário mais tempo para determinar se o vírus HIV não está apenas se “escondendo”
em outras partes do corpo. Dr. Robert Siciliano, da Johns Hopkins University,
explicou em um comunicado que pode demorar mais de um ano para se certificar que o vírus realmente foi eliminado, e que
os médicos terão de continuar a acompanhar os pacientes.
As primeiras notícias destes dois homens chegaram no
ano passado, na Conferência Internacional sobre a Aids 2012; naquela época, eles
tinham níveis indetectáveis de HIV em seu plasma sanguíneo, mas ainda
estavam sendo submetidos a medicamentos anti-retrovirais.
Vale salientar que Transplantes de medula óssea são
procedimentos esgotantes e caros, não sendo susceptíveis de serem utilizados
para os pacientes cuja doença pode ser controlada com coquetéis de fármacos
existentes. Mas os cientistas esperam que esses casos poderão fornecer pistas
para novas formas de tentar erradicar o vírus.
Fontes:
www.huffingtonpost.com
www.forbes.com
www.channelnewsasia.com