quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Telômeros: A Chama Citogenética da Vida


Os telômeros (do grego telos, final, e meros, parte) estão localizados na parte terminal do cromossomo (veja a figura no fim da postagem) e são formados por fileiras de proteínas e “DNA não-codificante”.  Conforme as células vão se dividindo durante a nossa vida (Mitose) o tamanho do telômero vai diminuindo. Acredita-se que esta é a razão básica por trás da velhice, danos lentos, mas acumulativos em nossas células. Neste processo de envelhecimento, os telômeros  produzem uma enzima chamada telomerase, que ajuda os telômeros se manter  nossa vida saudável e longa.
A saúde e a relação com comprimento dos telômeros tornaram-se tão fascinante como uma obra de ficção científica.
Um estudo realizado em ratos no ano de 2010 sobre a telomerase, chegou a conclusão que o processo de envelhecimento (nos ratos) pode ser revertido. O primeiro pensamento que veio em minha mente ao ler sobre isto foi: - Se  este procedimento virasse um produto, os milionários teriam uma vida bem longa kkk.
Estes resultados animadores em relação aos telômeros e da telomerase deram origem a questões complexas. Façamos uma analogia com uma vela, que queimaria um centímetro por hora, será que nossos telômeros comportam-se de maneira semelhante com relação ao nosso envelhecimento?  
É possível para nós humanos aumentar o comprimento dos Telômeros?  
Um do “Papas” neste campo de estudo é a pesquisadora Elizabeth Blackburn, que foi uma das  laureadas com um prêmio nobel em medicina no ano de 2008 devido aos seus estudos sobre a relação dos telômeros e o envelhecimento. Elizabeth é co-fundadora de uma empresa que vende um tipo de teste para saber “como está o seu telômero” (clique aqui para ver o site da empresa).
Para que o teste seja feito, é necessário uma amostra de sangue, em seguida,  são retiradas as amostras dos linfócitos (glóbulos brancos) do sangue, nos quais são analisados os telômeros. Lembrando que nossos linfócitos estão relacionados com o nosso sistema imunológico.
No decorrer dos últimos anos algumas pesquisas estão desenvolvendo teorias interessantes. Uma pesquisa avaliou um grupo de pessoas com 60 anos, curiosamente, aqueles com telômeros mais curtos tendem a morrer precocemente (cerca de 17 anos antes!), estando estes pacientes mais propensos a desenvolverem doenças cardíacas e alguns tipos de câncer.
Mais recentemente, pesquisadores da Universidade da Califórnia e do Instituto de Pesquisa de Medicina Preventiva, acompanharam durante cinco anos 35 homens com câncer de próstata em estágio inicial para avaliar a relação entre as mudanças de estilo de vida, o comprimento dos telômeros e a atividade da telomerase.
Todos os homens envolvidos estavam sendo constantemente monitorados. Dez dos pacientes mudaram o estilo de vida, procurando ter hábitos mais saudáveis. Eles foram comparados com os outros 25 participantes do estudo que mantiveram sua rotina normal.
Ao final do estudo, o grupo que fez as mudanças de estilo de vida obtiveram aumento no comprimento dos telômeros de aproximadamente 10%. Quanto mais as pessoas mudaram seu comportamento, aderindo ao programa de estilo de vida recomendado, mais dramáticas eram suas melhorias no comprimento dos telômeros, por outro lado, os homens que não mudaram seus hábitos,  tiveram um encurtamento de cerca de três 3% em seus telômeros.
O principal autor deste estudo, Dean Ornish, disse: " Então, muitas vezes as pessoas pensam - Oh , eu tenho genes ruins, não há nada que eu possa fazer sobre isso! Mas estes resultados indicam que os telômeros podem alongar-se na medida em que as pessoas mudam a maneira como vivem. A pesquisa indica que os telômeros mais longos estão associados com menos doenças e  uma vida mais longa".



Fontes:
www.immortalhumans.com
www.genengnews.com

domingo, 8 de setembro de 2013

GBOL: Conheça Software Que é Uma Mão Na Roda Para Aprender e Ensinar Genética Básica


Ainda existem alguns professores que tem aversão à tecnologia e acham que uma aula deve contar somente com giz e quadro, de maneira um pouco semelhante, existem alunos que acham que estudar é somente ler as anotações do caderno, sendo o computador lugar único e exclusivo para fazer coisas supérfluas não acadêmicas. Para aqueles que tem a "curiosidade" de utilizar o computador para explorar as mais diversas fontes de informações ainda existem alguns contratempos.
Infelizmente, conta-se com pouquíssimos exemplos de aplicativos que tem como objetivo complementar uma aula ministrada, e quando existe algum no mercado, em 90% das vezes é em inglês e somente pode ser adquirido mediante pagamento $$$. Será que existe a possibilidade de acharmos uma ferramenta boa para o estudo/ensino de genética totalmente grátis e em português?
Como diriam os franceses: Voilà (vô-alá), apresento-lhes o GBOL!
O GBOL (Genética Básica OnLine) é um aplicativo desenvolvido para o ensino de genética básica, contando para isso com uma gama de animações, exercícios, textos, ilustrações e vídeos. Com uma interface simples e autoexplicativa levando o utilizador a uma viagem sobre os diversos pontos que são abordados na disciplina de genética de maneira lúdica. Este sim é verdadeiramente uma “mão na roda” tanto para professores quanto para alunos. 
Faço um desafio, já procurei diversas vezes algo do nível do GBOL, achando em algumas vezes um  ou outro programa que abordasse um ponto com layout bonito, todavia não achei nada tão completo quanto o GBOL. Salientando que o programa é uma ferramenta complementar, não é objetivo do GBOL substituir o professor ou um bom livro.
Fiz um vídeo curto para aguçar a curiosidade dos interessados em baixar este programa (coloque o vídeo em 480p para visualizar melhor). 

Neste vídeo mostrei apenas 1% dos recursos do GBOL. 

Agora vou mostrar como baixar e instalar o programa (clique nas setas para visualizar a apresentação).